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sábado, 18 de junho de 2011

MAMONAS: O FILME

Quando eles surgiram choveram críticas. Mas o grupo não tava nem aí pra elas. Pelo contrário. Zombava de tudo e de todos, até mesmo do público, que a cada loucura, besteira e principalmente, a cada música enlouquecia pelos caras. Eles estavam no Recife, pra um show que fariam aquela noite. Passei com o meu irmão, de carro, em frente ao hotel onde a banda estava hospedada. Naquela hora, um dos integrantes veio à janela do quarto, pra delírio dos fãs, e jogou um rolo de papel higiênico. Mais Mamona impossível.
            Infelizmente, não fui ao show. Deixei para ir a um show que a Band faria na praia de Boa Viagem, de graça. Show esse que nunca viria a acontecer, devido à tragédia que levou os rapazes de Guarulhos. A partir deste fim de semana, os Mamonas Assassinas estão nas salas de cinemas de várias cidades do Brasil com o documentário Mamonas Pra Sempre, dirigido por Cláudio Kahns. A maioria das cenas foi criada a partir de imagens gravadas pela própria banda, um dos fenômenos mais incríveis da história da música brasileira, vendendo quase 3 milhões de cópias do único álbum lançado. O filme pretende ser alegre como era a própria banda e não se prende muito ao acidente aéreo que matou os rapazes. Mamonas Pra Sempre também não apresenta nenhuma grande novidade, algo que ainda não se saiba sobre a banda. Esse “furo” coube ao repórter do SBT, Roberto Cabrini, que obteve do pai de Dinho, vocalista dos Mamonas, a informação de que o filho já havia acertado a saída da banda e que trabalharia como humorista. Pelo visto, os Mamonas Assassinas não iriam durar mesmo muito tempo.

            Dinho entrou na banda meio que por acaso. Em um show, quer dizer, show é modo de dizer, em uma apresentação da banda Utopia, os caras chamaram alguém da platéia pra cantar uma música do Guns n’ Roses. Dinho, que estava vendo o show, não teve cerimônia, subiu ao palco e de lá nunca mais sairia. A Utopia viraria os Mamonas Assassinas. Mas a veia rock and roll dos Mamonas não deixaria de pulsar. Com um disco que era uma salada de ritmos, como pagode, vira, forró, brega romântico e sertanejo, Dinho e companhia não esqueceram suas “raízes” e colocaram no álbum uma faixa heavy metal. A música se chama Débil Metal, de onde já se vê que a letra é mais uma das palhaçadas dos Mamonas. Cantada em inglês, Débil Metal tem um riff perfeito do japa Bento Hinoto e os urros de Dinho. Muita banda por aí que se diz heavy metal não consegue chegar aos pés do que os Mamonas fizeram em Débil Metal.
            Shake your head, sucker!



            Mamonas tocando Débil Metal em São Paulo, fevereiro de 1996.








                                                                              Trailer do filme Mamonas pra sempre

 



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